EDUCAÇÃO CIDADÃ: UMA NECESSIDADE CONTEMPORÂNEA
FERRIERA,
Ana Paula Martini
MOREIRA, Gisele dos Santos.
MANN, Marcilene Andrea Pastorini
NEVES,
Maria Júlia
DAMASCENO Taiza Antonia Candido.
Pode-se dizer que cidadania é um trabalho que tem como
desafio o estudo das questões sociais, com ênfase à Ética e Cidadania ativa, em
um contexto social real que pode propiciar o desenvolvimento de atitudes e
competências no entendimento do presente para uma projeção futura educacional
que atenda, principalmente, aos estudantes do Ensino Médio, com o foco voltado
para o entendimento da necessidade da Educação do cidadão em nossa sociedade.
Tem como objetivo a realização de estudos que tragam a reflexão sobre o assunto
a partir de princípios já existentes, estabelecendo relações e hierarquias
entre esses valores no atual contexto social.
Desta
forma, é necessário repensar direitos e deveres dentro da atual sociedade, pelo
fato de que educar-se sobre o assunto é preciso e urgente, e por que não
poderia ser considerado a escola como um meio de melhor informar sobre o
assunto, que é atual e de relevância para todos. Considera-se de que o homem
adquire experiências no contexto que se está inserido, então, que este tenha um
bom contexto para que possa atuar melhor na sociedade, assim, o Projeto traz
uma idéia inovadora de aprendizagem, assegurada pelos PCNs quando defende o
Tema Transversal “Ética e Cidadania” e, pela atual prática inovadora de
ensino-aprendizagem que se apresenta no nosso dia-a-dia.
Sabe-se
que com o passar do tempo, as sociedades mudam e também mudam os homens que as
compõem. Na Grécia antiga, por exemplo, a existência de escravos era
perfeitamente legítima: as pessoas não eram consideradas iguais entre si, e o
fato de umas não terem liberdade era considerado normal. Outro exemplo: até
pouco tempo atrás, as mulheres eram consideradas seres inferiores aos homens,
e, portanto, não merecedoras de direitos iguais (deviam obedecer aos seus
maridos). Outro exemplo, ainda na Idade Média, a tortura era considerada
prática legítima, seja para a extorsão de confissões, seja como castigo.
Nesta
contemporaneidade, tal prática indigna a maioria das pessoas e é considerada
imoral. Portanto, a moralidade humana deve ser enfocada no contexto histórico e
social. Por consequência, um currículo escolar que leve em conta a Educação
Cidadã como conteúdo importante, isto podendo ser trabalhado dentro do Tema
Transversal “Cidadania”, considerando a ética, que pede uma reflexão sobre a sociedade
contemporânea, na qual está inserida a escola; no caso, o Brasil do século XXI,
se faz necessário.
Portanto,
tal reflexão poderia ser feita de maneira antropológica e sociológica: conhecer
a diversidade de valores presentes na sociedade brasileira. No entanto, por se
tratar de uma referência curricular nacional que objetiva o exercício da
cidadania, é imperativo a remissão à referência nacional brasileira: a
Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988. Nela,
encontram-se elementos que identifica questões morais. Por exemplo, o art.1º
traz, entre outros, a dignidade da pessoa humana, com a idéia de que todo ser
humano, sem distinção, merece tratamento digno que corresponde a um valor
moral. Segundo esse valor, a pergunta de como agir perante os outros recebe uma
resposta precisa: agir sempre de modo a respeitar a dignidade, sem humilhações
ou discriminações em relação a sexo ou etnia.
Assim,
tais valores representam base para escolha de conteúdos do tema, porém, devem
ser enfatizados o que pode ser chamado de “núcleo” moral de uma sociedade, ou
seja, valores eleitos como necessários ao convívio entre os membros de uma
sociedade; o respeito justamente ao caráter democrático da sociedade
brasileira; ao que se refere ao caráter abstrato dos valores. Ética trata de
princípios e não de mandamentos, supõe que o homem deva ser justo, vivendo
direitos e deveres plenamente.
Mas,
será que cabe à escola empenhar-se nesta formação? Na história educacional
brasileira, a resposta foi, em várias épocas, positiva. Porém, o fato de,
historicamente, verificar-se a presença da preocupação com a formação moral do
aluno ainda não é argumento bastante forte, porém a informação não deve a lê
ser negada.
Mesmo
reconhecendo tratar-se de uma questão polêmica, a resposta dada pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais é afirmativa: cabe à escola empenhar-se na
formação moral de seus alunos (PCN, 2001). De fato, alguns poderão pensar que a
escola, por várias razões, nunca será capaz de dar uma formação moral aceitável,
isto, incluindo a educação do cidadão e, portanto, deve abster-se desta
empreitada. Outros poderão responder que o objetivo da escola é de ensinar
conhecimentos acumulados pela humanidade e não preocupar-se com uma formação
mais ampla de seus alunos. Outros ainda, apesar de simpáticos à idéia de uma
educação moral, poderão permanecer desconfiados ao lembrar a malfadada
tentativa de se implantar aulas de Moral e Cívica no currículo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BARUFFI, Helder.
Metodologia da Pesquisa: Manual para a
elaboração da monografia. 3. ed. rev. e atual. Dourados: HB edit, 2002.
Parâmetros
curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais/Ministério da
Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília: A Secretaria, 2001.
QUEIROZ,
Tânia Dias. Pedagogia de projetos
interdisciplinares. São Paulo: Rideel, 2001. MOREIRA, Gisele dos Santos.
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