sexta-feira, 23 de novembro de 2012

UM OLHAR PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CONTEXTO SUSTENTÁVEL


UM OLHAR PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CONTEXTO SUSTENTÁVEL
                                                                FERREIRA, Ana Paula Martini.
                                                              MOREIRA, Gisele dos Santos.
                                                                       MANN, Marcilene Andréa Pastorini.
                                                                                   NEVES, Maria Júlia.
                                                                          DAMASCENO, Taiza Antonia Candido.
                                                       


Este artigo tem por objetivo refletir sobre a educação Ambiental como forma de entendimento da necessidade do contexto sustentável. Neste sentido, sabe-se que o Brasil está entre os maiores consumidores do mundo, tanto os de uso agrícola, como os domésticos (domissanitários), sendo que no início da década de 60, quando da imposição do governo brasileiro; o agricultor só conseguia financiamento bancário para sua plantação se comprasse o adubo e o agrotóxico. O que o governo pretendia com isso era seguir o modelo europeu para o combate a fome que se instalou no pós-guerra e que se intitulou “Revolução Verde”.
Ressalta-se que, hoje, enquanto alguns países, principalmente da Europa, tentam reverter o duro quadro de degradação ambiental e contaminação dos alimentos, no Brasil a situação se agrava a cada ano. Sabendo que a sustentabilidade é o caminho para sobrevivência do Planeta Terra e, que o desenvolvimento sustentável mostra que o homem tem que agir de maneira comunitária para que não comprometa o uso de recursos disponíveis e nem de futuras gerações. Assim, é importante repensar ações diárias no contexto da sustentabilidade como garantia de saúde ao trabalhador, para todos, refletindo assim, em saúde social. Este estudo pode contribuir como mais uma literatura disponível para que todos se sensibilizem quanto ao tema.
Para tanto, pode-se compreender o desenvolvimento sustentável como o acordo historicamente possível, naquele momento, entre dois grupos: os interessados em proteção ambiental e os preocupados em promover uma agenda de desenvolvimento social. Confrontando-se com os grandes interesses econômicos, eles buscavam encontrar uma solução integrada de duas crises simultâneas e que se reforçam mutuamente: a crise de desenvolvimento social global, e a crise ambiental global.
Nesta contemporaneidade, a expressão “desenvolvimento sustentável” vem sendo usada por muitos atores sociais, que lhe atribuem diversos significados diferentes, de acordo com seus interesses: é importante que cada um esclareça do quê está falando. Por isto, são cunhadas outras expressões que retiram a palavra desenvolvimento, como “sociedade sustentável”, “sustentabilidade social”, pelos motivos que veremos a seguir.
Segundo Szabo (2006), o termo sustentabilidade surge em um mundo de crescente pressão populacional, essa pressão populacional vem acompanhada por expansão da pobreza; aumento dos conflitos; aceleração das alterações climáticas; escassez crescente de alimentos, energia, água; aumento da poluição do ar, da água e do solo, pelas atividades industriais, urbanas e agrícolas; contínua destruição da camada de ozônio; aumento do gás carbônico atmosférico; redução da biodiversidade.
Faz-se necessário o planejamento para que se tenha sustentabilidade, pois o planejamento é uma atividade que envolve a intenção de estabelecer condições favoráveis para alcançar objetivos propostos. Ele tem por objetivo o aprovisionamento de facilidades e serviços para que uma comunidade atenda seus desejos e necessidades ou, então, o desenvolvimento de estratégias que permitam a uma organização comercial visualizar oportunidades de lucro em determinados segmentos do mercado (HARRY & SPINK, Apud RUSCHMANN, 1999, p. 83).
Entende-se que o planejamento é um trabalho direcionado a alcançar os resultados pretendidos, e se bem elaborado, consegue solucionar e até evitara com eficiência os problemas. Durante o processo deve ser levado em consideração o bem estar da população residente e dos turistas, além da proteção e conservação do patrimônio natural (MARQUES, Apud RUSCHMANN, 2001).
Para Ruschmann (1999, p. 86):
[...] planejar é desenvolver os espaços e as atividades que atendam aos anseios das populações locais e dos turistas constitui as metas dos poderes públicos que, para implantá-los, vêem-se diante de dois objetivos conflitantes: o primeiro, que é o de prover oportunidade e acesso às experiências recepcionais ao maior número de pessoas possível, contrapões-se segundo, de proteger e evitar a descaracterização dos locais privilegiados pela natureza e do patrimônio cultural das comunidades.

Isto porque o planejamento é uma atividade, não é algo estático, é um devir, um acontecer de muitos fatores concomitantes, que têm de ser coordenados para alcançar um objetivo que está em outro tempo. Sendo um processo dinâmico, é licita a permanente revisão, a correção de rumo, pois exige um repensar constante, mesmo após a concretização dos objetivos.
Desta forma, é importante entender que é a ciência e a arte dedicadas à antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de fatores e riscos ambientais originados nos postos de trabalho e que podem causar enfermidade, prejuízos para a saúde ou bem-estar dos trabalhadores também tendo em vista o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente em geral, logo, deve-se garantir o não prejuízo da saúde humana contextualizada no ambiente em que está inserida.
Portanto, deve-se atuar nesse espaço, trazendo informações acerca da saúde ambiental e, consequentemente, humana. As atividades educativas sobre a saúde ambiental devem seguir os eixos da Promoção da Saúde descritos na Carta de Otawa (2001), permitindo o desenvolvimento de habilidades pessoais para fortalecer o reforço da ação comunitária numa articulação coletiva e rever a formulação de políticas públicas para a criação de ambientes saudáveis e livres de poluição.
Assim, A maior virtude dessa abordagem é que, além da incorporação definitiva dos aspectos ecológicos no plano teórico, ela enfatiza a necessidade de inverter a tendência autodestrutiva dos processos de desenvolvimento no seu abuso contra a natureza (JACOBI, 1997).
Neste sentido, a necessidade de abordar o tema da complexidade ambiental decorre da percepção sobre o incipiente processo de reflexão acerca das práticas existentes e das múltiplas possibilidades de, ao pensar a realidade de modo complexo, defini-la como uma nova racionalidade e um espaço onde se articulam natureza, técnica e cultura.
Portanto, refletir sobre a complexidade ambiental abre uma estimulante oportunidade para compreender a gestação de novos atores sociais que se mobilizam para a apropriação da natureza, para um processo educativo articulado e compromissado com a sustentabilidade e a participação, apoiado numa lógica que privilegia o diálogo e a interdependência de diferentes áreas de saber faz parte da importância do entendimento quanto à responsabilidade do uso correto e consciente dos agrotóxicos.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


JACOBI, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Ambiental: USP.


RUSCHANN, D. V. M. Turismo e planejamento sustentável: proteção ao meio ambiente. ed. 7. Campinas: SP – Papirus, 1999.


SZABO, L. Arquitetura no caminho da Sustentabilidade. 2006. Disponível em: www.iniciativasolvin.com.br/home/ladislao.pdf Acesso em 03/06/11.

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